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Força Aérea homenageia Piloto da Grande Guerra

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu ontem, dia 20 de novembro, à cerimónia militar evocativa do centenário da morte do Major Óscar Monteiro Torres, Piloto-Aviador que morreu em combate aéreo na I Guerra Mundial, em França.

A cerimónia decorreu no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, junto à Cripta dos Combatentes, onde estão depositados os restos mortais dos cerca de 7.500 combatentes portugueses mortos em combate desde a I Guerra Mundial.

"Ao evocarmos a morte do Major Óscar Monteiro Torres estamos a unir gerações que se entregam à aviação militar", destacou o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General Manuel Teixeira Rolo, que agradeceu a presença na cerimónia do Presidente da República e do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Artur Pina Monteiro.

O CEMFA destacou que, por ter sido o primeiro e único Piloto-Aviador militar português a "tombar em combate" aéreo, Óscar Monteiro Torres tem um lugar na história da aviação militar.

Para assinalar esta data foram colocados na urna, onde estão depositados os restos mortais do Major Óscar Monteiro Torres, uma Barretina do Colégio Militar e um Brevet Militar de Piloto-Aviador.

Depois da cerimónia, que incluiu o sobrevoo por quatro aeronaves F-16, Marcelo Rebelo de Sousa desceu à cripta e descerrou uma placa de homenagem dos aviadores militares portugueses a Óscar Monteiro Torres, evocativa do centenário da sua morte.

Nesta cerimónia marcaram presença várias individualidades militares e civis.

Óscar Monteiro Torres nasceu em Luanda em 1889, frequentou o curso secundário no Colégio Militar e efetuou a sua formação como piloto em Inglaterra.

Defensor da participação de Portugal na I Guerra Mundial, foi um dos aviadores do Corpo Expedicionário Português enviados para França nesse período.

A 19 de novembro de 1917 foi considerado desaparecido após combate contra aeronaves alemãs, vindo a falecer no dia seguinte num hospital em França.

Promovido a major a título póstumo, os seus restos mortais viriam a ser trasladados para Portugal em 1930, encontrando-se desde então na Cripta dos Combatentes.

Óscar Monteiro Torres foi condecorado, a título póstumo, com o colar da Ordem da Torre e Espada e com a medalha da Cruz de Guerra da 1.ª Classe, por Portugal, e a Legião de Honra, pelo Estado francês.