O Dever de Memória
A importância que damos à individualidade da vida é tão intensa que, por vezes, os pormenores ficam esquecidos.
O Museu do Ar tem, em seu redor, muitas pessoas que se envolvem voluntariamente com o intuito de preservar todo o material de aviação.
O restauro das aeronaves em miniatura é um trabalho minucioso, que nem toda a gente pode visualizar. Um dos responsáveis por esta delicada função é o Sargento-mor Rosa, um sabedor de todas as técnicas a utilizar para que nada falhe. Numa visita rápida, conseguimos compreender que, em média, demora cerca de 1 semana a reconstruir uma miniatura que necessite de poucas reparações.
De acordo com o estado de degradação da aeronave, o Sargento-mor Rosa solicita aos responsáveis pelo Museu que adquira as matérias que necessita, se bem que e, citando o próprio, “muitas vezes, tenho que reconstruir peças com os materiais que tenho ao meu dispor pois estas já não se encontram à venda”. Estes materiais são de uma dimensão ínfima, pelo que o trabalho que o Sargento-mor Rosa é executado com pinças de várias dimensões, de modo a poder montar desde uma simples roda de um trem, a um sensor de pressão e temperatura (cerca de 3 milímetros de comprimento).
O importante a reter neste trabalho que o Sargento-mor Rosa realiza, não é a perfeição ou o tempo de demora com que a tarefa é concretizada, mas sim o facto de ser um trabalho voluntário.
O Sargento-mor Rosa é assim um dos vários voluntários que o Museu do Ar tem ao seu dispor, que em prol do fascínio da aviação, disponibilizando-se para vos mostrarmos um pouco a beleza da aeronáutica.
O Museu do Ar possui uma vasta quantidade de aeronaves em miniatura. Estas foram adquiridas por doação de particulares ou até de instituições oficiais da aviação. Caso pretenda surpreender-se e ver esta panóplia de antiguidades, visite o Museu do Ar em Pêro Pinheiro, Sintra, o polo de Maceda, em Ovar, e o polo de Alverca.
Carlos Santos & Jonatan Regalo