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TACP no ETAP-C

O Tactical Air Control Party (TACP) encontra-se, até 31 de outubro, empenhado no Programa de Transporte Aéreo Tático (ETAP-C), que decorre na Base Aérea N.º 11, Beja.

 

Este exercício tem como objetivo formar, treinar e reforçar capacidades das diferentes tripulações aéreas participantes, em especial na vertente do transporte aéreo tático. Isto permite aos operadores do TACP manter qualificações, testar procedimentos, validar doutrina e consolidar a sua capacidade de interoperabilidade, com as diferentes nações participantes, em cenários operacionais complexos.

 

O TACP constitui-se como uma capacidade da Força Aérea altamente especializada na integração do poder aéreo em apoio das Forças Terrestres. A sua principal missão consiste em estabelecer a ligação entre os elementos da manobra terrestre e os meios aéreos em ações de combate, garantindo a eficácia e a segurança do emprego do armamento aéreo em franca proximidade dessas forças, sendo uma peça fundamental neste tipo de operações militares conjuntas.

 

Este militares são qualificados como Joint Terminal Attack Controllers (JTAC) e Combat Controllers (CCT), qualificações extremamente exigentes que assentam em programas rigorosos tanto a nível técnico, como tático e físico. O JTAC defini-se assim como um operador autorizado a controlar ataques aéreos em apoio direto das Forças Terrestres, enquanto o CCT tem como principais funções a seleção, preparação e operação de zonas de aterragem de assalto — tanto de dia como de noite — em áreas remotas, permissivas e não permissivas.

 

As capacidades que um CCT aporta garantem maior flexibilidade e autonomia operacional das unidades terrestres apoiadas. A aptidão para establecer, marcar e controlar zonas de aterragem de assalto em áreas remotas, permite assegurar o reforço de tropas, de armamento, apoio logístico ou até mesmo de evacuação de feridos e civis de áreas de conflito. Para além disso, as suas competências revelam-se fundamentais em missões de apoio a crises humanitárias, em particular na resposta militar a catástrofes naturais, onde a capacidade de operar em condições extremas, estabelecer comunicações e coordenar meios aéreos, tornam-se determinantes para o sucesso da missão e para a salvaguarda de vidas humanas.

 

Através das qualificações dos seus operadores enquanto JTAC e CCT, o TACP cobre assim o espetro de missões características de equipas designadas como Special Operations Air-Land Integration (SOALI), garantindo a capacidade total para apoiar tanto forças convencionais como Forças Especiais no cumprimento das suas missões.

 

O TACP é assim, uma capacidade distinta e única nas Forças Armadas, indispensável à integração plena entre o poder aéreo e as operações terrestres.