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Base Aérea N.º 5

Missão

Garantir a prontidão das Unidades Aéreas e o apoio logístico-administrativo de unidades e órgãos nela sediados, bem como a segurança interna e a defesa imediata.

 

Competências

a) Garantir a prontidão das Unidades Aéreas atribuídas;

b) Garantir a exploração dos serviços de aeródromo e de rádio ajudas;

c) Executar as tarefas logísticas e administrativas de apoio geral;

d) Garantir a segurança militar e a defesa imediata da área onde se encontra implantada e de outros pontos sob a sua jurisdição.

HISTÓRIA

Nos terrenos da atual base aérea funcionou de 1938 a 1941 o Aeroclube de Leiria, passando a aeródromo militar desde essa data até à inauguração da Base Aérea N.º 5 (BA5).

Em 04 de outubro de 1959 foi oficialmente inaugurada a Base Aérea N.º 5 (BA5), sendo no dia 04 de outubro celebrado o Dia da Unidade.

Adotando para seu lema a divisa “Alcança Quem Não Cansa”, foram-lhe atribuídas duas esquadras de voo – a Esquadra 51 - “Falcões” e a Esquadra 52 - “Galos” –, inicialmente com 50 aviões F-86F SABRE, que foram posteriormente incrementados para 65. A Esquadra 52 seria desativada em 12 de julho de 1961.

Entre julho de 1961 e outubro de 1964, a BA5 manteve um destacamento com oito F-86F na Guiné-Bissau, no âmbito das operações então levadas a efeito nos ex-territórios africanos. Nesta operação foram efetuados 577 voos e perdidos dois aviões, um em combate e outro por acidente.

Entre 1966 e 1973, a BA5 operou também aviões FIAT G-91, adstritos à Esquadra 51, com a finalidade de preparar os pilotos que se destinavam às esquadras operacionais nos teatros africanos.

Vocacionada, desde a sua fundação, para o cumprimento de missão de caça-interceção, a BA5 teria também a missão de instrução aquando da transferência para Monte Real, em junho de 1974, da esquadra de instrução complementar de pilotagem de aviões de combate, oriunda da Base Aérea N.º 2, Ota. Os aviões T-33A seriam integrados inicialmente na Esquadra 52, esquadra essa que, em 1977, passou a designar-se de Esquadra 103 “Caracóis”.

Em 1977, a Esquadra 51 recebeu seis T-38 TALON, para o treino avançado de combate, reforçados em 1980 com um segundo lote de seis. Em 1980, os 12 T-38 foram transferidos para a Esquadra de Instrução 103, esquadra essa que, em janeiro de 1987, seria transferida para a Base Aérea N.º 11 (BA11), em Beja.

Fruto da reorganização da Força Aérea de 1978, a Esquadra 51 passou a designar-se de Esquadra 201.

A 31 de julho de 1980, o F-86F terminou a sua operação na Força Aérea, após 23 anos de múltiplos e inestimáveis serviços prestados ao país, representados em 60.000 horas de voo. Como testemunho, reconhecimento e saudade, foi erguido, junto à antiga porta de armas da Unidade, um monumento ao F-86 que constitui uma merecida homenagem a este extraordinário avião de caça e a todos quantos o operaram, mantiveram e apoiaram.

Em 24 de dezembro de 1981 chegaram à BA5 os primeiros nove de um lote inicial de 20 aviões A-7P CORSAIR II, que equiparam a Esquadra de Ataque 302, herdeira das nobres tradições dos “Falcões”.

Com a chegada de um segundo lote de 30 A-7P CORSAIR II, foi ativada em 04 de outubro de 1984 uma segunda esquadra de ataque e de apoio tático a operações marítimas, designada 304 - “Magníficos”.

Em julho de 1994 chegam à BA5 os primeiros quatro F-16 OCU de uma frota de 20, destinados à já reativada, desde 04 de outubro de 1993, Esquadra 201 - “Falcões”. A Força Aérea passou então a dispor de uma aeronave moderna e com capacidades adequadas à missão da defesa aérea de Portugal. Com a reativação da Esquadra 201 e a retoma desta das tradições dos “Falcões”, a Esquadra 302 passou a adotar o símbolo da “Águia Real”.

Em maio de 1996 é desativada a Esquadra 302 e toda a operação de A-7P é concentrada na Esquadra 304. Em 10 de julho de 1999, o A-7P CORSAIR II efetuou o último voo, após 18 anos ao serviço da Força Aérea Portuguesa, ao longo dos quais efetuou aproximadamente 64.000 horas de voo. Como homenagem a esta imponente aeronave de ataque e a todos quantos a operaram, mantiveram e apoiaram, foi erigido um monumento à entrada da BA5.

Em virtude da necessidade de revitalizar e de atualizar a aviação de combate da Força Aérea, foi decidido em 1998 complementar a primeira frota de F-16 OCU com mais 20 aviões e atualizar os 40 para o padrão MID LIFE UPDATE (MLU).

Em janeiro de 1999, a BA5 destacou três F-16 OCU para a Base Aérea de Aviano, operando a partir daí para missões de defesa aérea no teatro de operações da ex-Jugoslávia, sendo esta a primeira missão em operações de combate da Força Aérea Portuguesa desde o fim das operações em África. Foram efetuadas 270 saídas, totalizando 1.130 horas de voo.

Em finais de 2002 é constituído na BA5 o núcleo F-16 MLU para desenvolver a implementação operacional deste sistema de armas na Força Aérea. Em 11 de junho de 2003 é efetuado o primeiro voo de ensaio a um F-16 MLU totalmente transformado em Portugal. Com o desenvolvimento deste programa e a necessidade de uma segunda Esquadra de F-16, é ativada na BA5, em 25 de novembro de 2005, oriunda da Base Aérea N.º 11 (BA11), a Esquadra 301 - “Jaguares”.

No dia 14 de novembro de 2013 efetuou-se o voo de ensaio ao último dos 40 F-16 transformados em Portugal para o padrão MLU.

Foi decidido, através da lei de programação militar de 2006, alienar dez dos 40 aviões F-16 MLU, pelo que a frota da Força Aérea se encontra agora adaptada a operar 30 F-16 MLU na BA5, através das Esquadras 201 “Falcões” e 301 - “Jaguares”.