Enquadramento
A consequência mais evidente das alterações climáticas antropogénicas é o aumento da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos que resultam essencialmente dos processos de dissipação do excesso de energia absorvida pelo sistema climático devido à crescente concentração de Gases de Efeito de Estufa (GEE) na troposfera. Daí resultam impactes específicos que afetam, direta ou indiretamente, a missão da Força Aérea. Assim, torna-se imperativo evitar e reduzir as emissões de GEE a nível global, o que reforça a importância de alcançar o objetivo definido no Acordo de Paris – atingir a neutralidade carbónica, ou seja, alcançar um balanço neutro entre as emissões de GEE e o sequestro de carbono, até 2050. Face à dimensão do desafio, todos os setores serão chamados a contribuir, pelo que a Força Aérea pretende envidar todos os esforços para reduzir as suas emissões de GEE e aumentar a sua capacidade de sumidouro, tal como é apresentado no seu Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 Força Aérea (RNC2050FA).
O Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 Força Aérea (RNC2050FA) representa o compromisso da Força Aérea para reduzir emissões de GEE e identificar as áreas a monitorizar e intervir de forma a contribuir para o desígnio da mitigação e adaptação às alterações climáticas.
O roteiro surge como resposta ao compromisso que o Governo Português assumiu em 2016 na 22.ª Conferência das Partes em sede da Organização das Nações Unidas, definindo metas de redução do impacto ambiental para serem atingidas até 2050.