No dia de ontem, 15 de dezembro, teve lugar, na Base Aérea N.º 11, em Beja, a cerimónia de retração do avião P-3C CUP+ Orion, da Esquadra 601 – “Lobos”, após participação em três missões distintas: a Operação IRINI, a Operação Sea Guardian e a Operação Noble Shield, no período compreendido entre 7 de setembro e 5 de dezembro.

Durante três meses, um avião P-3C CUP+ Orion operou a partir da Base Aérea de Sigonella, em Itália, empenhado em três operações distintas, envolvendo cerca de 112 militares. Estas operações tiveram como principal missão o Reconhecimento, Vigilância e Informações (RVI) no principal mar europeu, o Mar Mediterrâneo. 

A cerimónia foi presidida pelo 2.º Comandante Aéreo, Major-General António Moldão, que enalteceu o trabalho desenvolvido por todos os militares envolvidos, destacando o contributo dado para elevar o bom nome da Força Aérea. Deixou, ainda, uma palavra de agradecimento a todos, desejando um bom regresso a casa e endereçando votos de boas festas.

No decorrer destas operações realizaram-se 240 horas de voo dedicadas ao patrulhamento marítimo e à deteção de contactos de interesse, contribuindo para a segurança e para a manutenção da liberdade de navegação, bem como para o combate ao tráfico de droga, armas e pessoas. Como resultado final, efetuaram-se 56 missões.

A Força Aérea esteve presente na Operação Sea Guardian de 7 de setembro a 6 de outubro, numa missão NATO dedicada a segurança marítima do Mediterrâneo.

Já na Operação IRINI, da responsabilidade da União Europeia, o destacamento português esteve em Itália entre 7 de outubro e 5 de novembro, com principal objetivo a implementação do embargo de armamento das Nações Unidas à Líbia, através de ações de vigilância, monitorização e recolha de informação no Mediterrâneo Central. A missão contribui igualmente para o combate ao tráfico ilícito e para o reforço da segurança marítima numa área de elevado interesse estratégico europeu.

Já a Operação Noble Shield, também integrada na NATO, e executada de 6 de novembro a 5 de dezembro pela Força Aérea, assegurou uma presença contínua e credível no Mediterrâneo, promovendo a vigilância e a segurança das principais linhas de comunicação marítimas. Esta missão visa reforçar a dissuasão, a prontidão operacional e a estabilidade regional face aos atuais desafios de segurança.

A Força Aérea fortaleceu os compromissos internacionais, contribuindo ativamente para a segurança marítima e para a estabilidade do Mediterrâneo, em articulação com a União Europeia e a NATO.